quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Árvores e plantas e simbolismo na decoração de Natal


  • Os romanos enfeitavam árvores em honra de Saturno, deus da agricultura, mais ou menos na mesma época em que hoje preparamos a Árvore de Natal.
  • Os egípcios traziam galhos verdes de palmeiras para dentro de suas casa no dia mais curto do ano (que é em Dezembro), como símbolo de triunfo da vida sobre a morte.
  • Nas culturas célticas, os druidas tinham o costume de decorar velhos carvalhos com maças douradas para festividades também celebradas na mesma época do ano.

    Segundo a tradição, S. Bonifácio, no século VII, pregava na Turíngia (uma região da Alemanha) e usava o perfil triangular dos abetos com símbolo da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Assim, o carvalho, até então considerado como símbolo divino, foi substituído pelo triangular abeto.

    Na Europa Central, no século XII, penduravam-se árvores com o ápice para baixo em resultado da mesma simbologia triangular da Santíssima Trindade.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Alfazema ou Lavanda?

Alfazema ou Lavanda ?

Nome científico:

  • Lavandula angustifolia (outras espécies: Lavandula spica, Lavandula vera, Lavandula officinalis, Lavandula angustifolia.)
  • Nome comum: Alfazema.
  • Nomes populares: Alfazema, Lavanda, Lavandula, Nardo.
  • Família: Lamiaceae. Origem: Parte ocidental do Mediterrâneo.
  • Habitat: Sul da Europa. Espontânea no centro e sul de Portugal.
  • Cultiva-se na Europa e na América, pela sua essência.


História: Desde há muito conhecida e utilizada pela Humanidade, a Alfazema ou Lavanda foi baptizada de nardus pelos gregos, assim baptizada por causa de Naarda, cidade síria à beira do rio Eufrates.

  • A tranquilidade e a pureza são inerentes à fragância de alfazema.
  • Perfume fresco e limpo, era o aditivo de banho preferido dos gregos e romanos, e o seu nome (Lavandula) deriva do latim lavare (lavar).
  • Conta-se que a peste não chegava aos fabricantes de luvas de Grasse pois eles usavam a alfazema para perfumar o couro. Isso fez com que as pessoas na época andassem sempre com alfazema. Durante as duas Grandes Guerras, a alfazema ou lavandula foi utilizada para limpar os ferimentos dos soldados.


  • Descrição: A lavanda é um subarbusto de base lenhosa que mede entre 20 a 60 cm de altura.
    As folhas são simples, opostas, de cor verde acinzentada, estreitas e alongadas.
  • As flores de alfazema são de cor azul ou violeta, pequenas e dispostas numa espiga terminal de 5 a 15 cm que florescem de Junho a Setembro.


  • O caule é verde, muito ramificado e lenhoso.


  • Sementeira: As sementes de Alfazema semeiam-se de Maio a Julho ao ar livre e de Abril a Junho em estufa.


  • Transplantação: As pequenas plantas de Lavanda transplantam-se de Junho a Setembro.
  • Luz: A alfazema prefere locais ensolarados.
  • Solos: Os solos para cultivo de alfazema devem ser bem drenados, ligeiros, arenosos, cálcarios ou neutros e que não sequem demasiado.
  • Temperatura: A lavanda tem grande resistência ao frio, e ao calor.
  • É aconselhável proteger o pé da planta no Inverno com turfa ou terra.
  • Rega: escassa.Adubação: A adubação da cultura de lavanda não deve ser abundante. Anualmente efectua-se uma adubação de cobertura com azoto na forma amoniacal no início da Primavera.
  • Poda: podar energicamente no fim da floração.Pragas e doenças: Philareus spumarius e Phomopsis lavandulae.
  • Multiplicação: A Alfazema ou Lavanda propaga-se por estacas semi-lenhosas no Outono ou Primavera ou por semente na Primavera.Colheita: os caules de Lavanda são apanhados imediatamente antes de florescerem.
  • As folhas podem ser colhidas a qualquer momento.
  • Conservação: Para obter essência de alfazema, apanham-se os raminhos com as flores quando elas começam a florescer, que é precisamente quando emanam um perfume mais forte e penduram-se em pequenos raminhos a secar.
  • As espigas com flor também podem ser secas em gavetas abertas.
  • Aplicações medicinais:
  • Partes utilizadas: Da alfazema utilizam-se sobretudo as suas flores mas também as folhas.
  • Propriedades: A lavanda é sedativa e equilibradora, digestiva, anti-reumática e anti-inflamatória, anti-séptica, cicatrizante, relaxante, redutora da fadiga, sedativa, balsâmica e insecticida.


  • Componentes: Princípio amargo, essência, cumarina. Indicações: Acne, bronquite, leucorreia, nervosismo, reumatismo, tosse, vertigens.

Receitas medicinais:

  • Para preparar um remédio contra a asma, ferver 60 grs de flores de alfazema num litro de água durante 2 minutos. Depois, filtrar o líquido e beber quatro a seis chávenas por dia.
  • Quando se quer preparar uma infusão, macerar 5 grs de flores durante 5 minutos numa chávena de água a ferver.Adoçar com mel e beber a seguir. Repetir a dose quatro vezes por dia.
  • Para más digestões, recomenda-se deitar umas gotas de óleo de alfazema, num dedo de água ou sobre um torrão de açucar e tomar depois da refeição.
  • Outros usos:


  • Uso caseiro: Fazer com a flor de lavanda saquinhos para gavetas (espanta traças), almofadas e poutporris.
  • A infusão das flores de alfazema aplicada no couro cabeludo livra-o de parasitas; alguns veterinários também utilizam para destruir piolhos e outros parasitas.


  • Moscas e mosquitos também não gostam do cheiro de lavanda, poutpourris com lavandula afastam os insectos.
  • Uso culinário: As folhas, inflorescências e ramos de alfazema são usados para dar sabor às saladas e pratos guisados, por um lado, e a doces de frutas e gelatinas, por outro, bem como para a preparação de azeite e vinagre de alfazema.
  • Com as folhas de alfazema, preparam-se também algumas infusões e dá-se sabor a alguns tipos de chá.
  • Aromaterapia: O óleo essencial de lavanda é usado para cortes, queimaduras, reumatismo, alergias de pele, queimaduras de sol, dor de cabeça, insónia, problemas inflamatórios, artrite, pelas propriedades bactericidas e anti-viróticas.
  • Também é eficaz para restaurar a circulação sanguínea dos pés.
  • O banho perfumado com óleo essencial de alfazema é excelente tratamento contra a insónia.
  • Cosmética: A alfazema é usada fundamentalmente para a composição de águas de colónia, perfumas e outros produtos de drogaria.
  • O óleo essencial de alfazema é usado para dar cheiro a cremes, sabonetes e para escovar os cabelos porque é considerado um estimulante do seu crescimento, misturado com óleo de rosmaninho e manjericão.
  • Utilizadas em saquinhos, as suas flores são muito apropriadas como máscaras para a cara.
  • A água de alfazema reduz a actividade das glândulas sebáceas e elimina a gordura do cabelo.
  • Efeitos colaterais: Evitar o uso prolongado.
  • Torna-se excitante se usada em doses elevadas.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Ervilha-de-cheiro (Lathyrus odoratus)


Ervilhas de cheiro

Nome Científico: Lathyrus odoratus


  • Nome Popular: Ervilha-de-cheiro, ervilha-doce, ervilheira-de-cheiro

  • Família: Fabaceae

  • Divisão: Angiospermae




Origem: Europa

Ciclo de Vida: Anual

A ervilha-de-cheiro é uma trepadeira anual de inverno. Ela apresenta caule herbáceo, áspero e ascendente por meio de gavinhas que se desenvolvem nas pontas das folhas compostas. Suas flores são muito vistosas, perfumadas, solitárias e podem ser de cores e matizes variados, com degradés e combinações entre o azul, branco, amarelo, laranja, rosa e vermelho.

    Após a polinização formam-se vagens curtas, com sementes semelhantes a ervilhas, porém venenosas.A ervilha-de-cheiro é uma excelente trepadeira para pequenos suportes, como treliças e até mesmo cercas. Sua altura não ultrapassa os dois metros. Ela é apropriada para esconder momentaneamente entulhos, arbustos caducos e outras estruturas pouco aprazíveis no jardim. A floração ocorre na primavera e verão. Seus ramos floridos também podem ser colhidos para a confecção de buquês e arranjos florais perfumados.Há inúmeras variedades de ervilha-de-cheiro disponíveis, para diferentes gostos.
    Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado periodicamente.
    Aprecia as temperaturas amenas, desenvolvendo-se melhor sob clima subtropical e mediterrâneo. Não tolera o calor forte ou geadas. Adubações freqüentes estimulam intensas florações.
    Quando a planta parar de produzir flores, ela já está no final do seu ciclo e pode ser removida dos canteiros.

Multiplica-se facilmente por sementes, postas a germinar no outono, em canteiros definitivos.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sabores de Outono-Castanhas


  • A castanha é usada na alimentação desde tempos pré-históricos e a respectiva árvore - Castanea sativa - foi introduzida na Europa há cerca de três mil anos, e hoje é considerada uma árvore autóctone. A castanha que comemos é, de facto, uma semente que surge no interior de um ouriço (o fruto do castanheiro). Mas, embora seja uma semente como as nozes, tem muito menos gordura e muito mais amido (um hidrato de carbono), o que lhe dá outras possibilidades de uso na alimentação. As castanhas têm mesmo cerca do dobro da percentagem de amido das batatas. São também ricas em vitaminas C e B6 e uma boa fonte potássio. As castanhas são comidas assadas ou cozidas com erva-doce. Mas, antes de cozinhadas, deve-se retalhar a casca, porque têm bastante água e, quando são aquecidas, essa água passa a vapor. A pressão do vapor vai aumentando e "empurrando" a casca e, se esta não tiver levado um golpe, a castanha pode explodir. O amido é uma reserva de energia das plantas e existe, sobretudo, nas raízes e nas sementes. Surge com uma estrutura coesa e organizada, com zonas cristalinas e outras amorfas, chamada grânulo. Quando cozinhamos alimentos com elevadas percentagens de amido um dos objectivos é torná-los digeríveis. A frio, a estrutura do amido mantém-se inalterada. Mas, quando é aquecido na presença de água (e a castanha contém água na sua constituição), grandes modificações ocorrem. A energia térmica introduzida enfraquece as ligações entre as moléculas do amido, a estrutura granular "relaxa" e alguma água penetra no interior dos grânulos, que incham, formando um complexo gelatinoso com a água. É isto o que acontece quando cozinhamos castanhas e lhes altera a textura.
    • Não se devem comer castanhas cruas devido aos seus elevados índices de ácido tânico. Assim, devem ser cozinhadas de forma a evitar desconforto digestivo. Também, não devem ser comidas com casca. Quando cruas, torna-se virtualmente impossível descascá-las, embora o possas fazer com uma boa dose de paciência e cuidado!


    • A castanha tem aplicações na medicina. As folhas, a casca, as flores e o fruto têm sido utilizados devido às suas propriedades curativas e profiláticas, adstringentes, sedativas, tónicas, vitamínicas, remineralizantes e estomáquicas. Pelo seu valor nutritivo e energético, era utiliza outrora em vários estados de mal-estar e doença. É também tónica, estimulante cerebral e sexual, anti-anémica (castanha crua), anticéptica e revitalizante. Para afinar as cordas vocais e debelar a faringite e a tosse nada melhor do que gargarejos com infusão de folhas de castanheiro ou de ouriços.
    • Para que as castanhas se conservem ao longo do Inverno, estas devem ser perfeitamente secas, a partir do momento em que deixam o ouriço; depois é colocá-las numa caixa ou recipiente coberto com areia fina e seca, numa proporção de 3 partes de areia para uma de castanhas. Na eventualidade de alguma castanha ter “bicho” (larvas de insectos), estes irão emergir à superfície da areia em busca de ar, e assim evita-se que se contaminem as outras castanhas.As que pretenderes plantar na primavera, precisam de ser mantidas em areia húmida e expostas ao frio no Inverno

  • Nota: As castanhas não devem ser confundidas com castanhas-da-índia, algo semelhantes de aspecto, que são o fruto de outro tipo de castanheiro, pois são venenosas, embora tenham alguma aplicação medicinal, principalmente no combate à má-circulação sanguínea.

Receitas com castanhas

Referências:

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Sabores de Outono - Romãs

  • A romã é o fruto da romãzeira (Punica granatum). O seu interior é subdividido por finas películas, que formam pequenas sementes possuidoras de uma polpa comestível.
  • Segundo pesquisadores russos, a romãzeira provém do centro do Oriente Próximo, que inclui o interior da Ásia Menor, a Transcaucásia, o Irã e as terras altas do Turcomenistão, junto com outras plantas frutíferas como a figueira, macieira, pereira, marmeleiro, cerejeira, amendoeira, avelaneira e castanheira.
  • A importância da romã é milenar, aparece nos textos bíblicos, está associada às paixões e à fecundidade. Os gregos a consideravam como símbolo do amor e da fecundidade. A árvore da romã foi consagrada à deusa Afrodite, pois se acreditava em seus poderes afrodisíacos. Para os judeus, a romã é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo quando sempre acreditam que o ano que chega sempre será melhor do que aquele que vai embora.
  • Quando os judeus chegaram à terra prometida, após abandonarem o Egipto, os 12 espiões que foram enviados para aquele lugar voltaram carregando romãs e outros frutos como amostras da fertilidade da terra que Jeová (Deus) prometera. Ela estava presente nos jardins do Rei Salomão. Foi cultivada na antiguidade pelos fenícios, gregos e egípcios. Em Roma, a romã era considerada nas cerimonias e nos cultos como símbolo de ordem, riqueza e fecundidade.
  • Os semitas a chamavam de “rimmon”, para os árabes era conhecida como “rumman”, e mais tarde, os portugueses a chamaram de romã ou “roman”. Na Idade Média a romã era frequentemente considerada como um fruto cortês e sanguíneo, aparecendo também nos contos e fábulas de muitos países. Os povos árabes salientavam os poderes medicinais dos seus frutos e como alimento. Tanto a planta, como o fruto, têm sido utilizados em residências ou em banquetes pelo efeito decorativo das suas flores e dos seus frutos, além do seu uso como cerca viva e planta ornamental.
  • São famosas as romãs da Provença, de Malta, da Espanha, na Itália. O seu cultivo é realizado em mais de 100 países do mundo. Dos países do Mediterrâneo, atravessou o Atlântico e acabou por chegar ao Brasil. Neste país a planta encontrou todas as condições favoráveis para um crescimento vegetativo, florescimento, frutificação e produção de frutos de primeira qualidade. O seu maior interesse no mundo está no seu cultivo para o consumo como fruta fresca. Também tem a sua aplicação em clínicas especializadas no campo da medicina moderna e para receitas especializadas.
  • Actualmente, em alguns países católicos do ocidente, é tradição comer romã no dia de reis. Em algumas casas, as sementes são guardadas no porta-moedas pelo período de um ano para que não haja falta de dinheiro.
  • Um “antibiótico natural”
  • A romã foi utilizada como “antibiótico natural” no tratamento de amigdalites, faringites e outras afecções da cavidade orofaríngea.
  • As infusões obtidas a partir da casca eram empregues para tratamento de diarreias;
  • as das raízes e troncos como vermífugas (eliminação de vermes intestinais, como a ténia) e as das sementes no tratamento de afecções oculares como a conjuntivite.
  • Das suas sementes é também obtido um óleo com propriedades antibióticas e antiinflamatórias, considerado como tónico para o sistema neuromuscular.
  • Recentemente, vários estudos clínicos permitiram concluir que o consumo de sumo e extractos obtidos da polpa e casca de romã permitem reduzir o risco de desenvolvimento de doença coronária, uma vez que a acção dos seus constituintes impede a oxidação das moléculas de LDL e previne o desenvolvimento de aterosclerose.
  • As últimas pesquisas sugerem ainda a sua eficácia no combate à hiperplasia benigna e ao cancro da próstata e na redução do risco de desenvolvimento de osteoartrite.As sementes de romã, contidas no interior dos pequenos bagos vermelhos, apresentam propriedades fitoestrogénicas úteis na regulação de algumas alterações hormonais e no alívio dos sintomas associados à menopausa.Devido às propriedades anti-microbianas do sumo, o seu extracto tem vindo a ser utilizado por alguns ginecologistas no tratamento de casos de leucorreia e até mesmo no combate ao vírus do herpes genital.
    Fruto vitaminado
  • A romã é um fruto extremamente rico, porém com reduzido valor calórico. É rica em vitaminas A e E, potássio, ácido fólico e polifenóis, de entre os quais se destacam: punicalaginas, principais responsáveis pelas propriedades anti oxidantes do sumo, intervenientes na redução de processos inflamatórios (responsáveis pelo envelhecimento celular, aparecimento de doença coronária e de alguns tipos de cancro). É de destacar o seu elevado conteúdo em vitamina C, sendo que cada romã fornece aproximadamente 40% da dose diária recomendada deste nutriente tão essencial quanto benéfico. Também o seu elevado teor em ácido fólico é importante para a saúde cardiovascular, já que este nutriente é essencial para a manutenção de níveis reduzidos de homocisteína, aminoácido que se julga associado ao desenvolvimento precoce de doença coronária.

Plantas preferidas pelas abelhas


  • As plantas melíferas são as que produzem néctar. Esta é uma substância açucarada que produzida nos néctários das flores com as quais as abelhas fabricam o mel. Os nectários que servem para atrair os polinizadores encontram-se na base da parte feminina da flor. Algumas vezes podem localizar-se em qualquer parte da estrutura da flor ou mesmo fora dela.
  • A maioria das flores apresentam manchas ou estrias que se denominam guias do néctar que são riscas de diversas cores existentes sobre as pétalas das flores, normalmente invisíveis à vista humana e que ajudam as abelhas a encontrar os nectários. Aquelas estrias reflectem os raios ultravioletas visíveis pelas abelhas.
  • Por outro lado as estrias produzem aromas que são diferentes dos do resto da corola e que são identificadas pelas antenas das abelhas intensificando assim as pistas na direcção do néctar.
  • Além do néctar, com que as abelhas fabricam o mel, ainda vão buscar á flor o pólen que levam para a colmeia nos açafates das patas posteriores.
  • É com ambos que as abelhas se alimentam.

    De entre diversas plantas melíferas podem destacar-se:
    - Alecrim;
    - Rosmaninho
    - Erva-de-santa-maria;
    - Os trevos;
    - Pilriteiro;
    - Orquídeas;
    - Rosa-albardeira;
    - Madressilva caprina;
    - Tomilho;
    - Acacia mellifera;
    - Lavandula;
    - Tília



sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Polinização

  • Heliconius wallacei (Reakirt, 1866) em Passiflora coccinea.

  • Este fenómeno ocorre quando do transporte do pólen, que está no aparelho reprodutor masculino da planta (androceu) para o feminino (gineceu).
    Ele é realizado por vários agentes, tais como: vento, chuva e animais.

  • Os lepidópteros são excelentes polinizadores.
  • Quando eles se alimentam de néctar, e em alguns casos do próprio pólen, os grãos de pólen excedentes ficam aderidos às peças do seu aparelho bucal e assim, são transportados.
  • A fertilização ocorre quando um grão de pólen colado nas peças bucais se solta acidentalmente e projecta-se dentro do gineceu, onde, deslocando-se até os ovários, fecunda a flor.


Polinização por insectos, seu valor económico e o perigo da sua extinção na alimentação humana!


  • Cientistas franceses do INRA e CNRS e um cientista alemão UFZ descobrem que o valor económico, em escala mundial, do serviço de polinização realizado por insectos polinizadores, principalmente abelhas, foi de €153 biliões em 2005 para as principais culturas que alimentam o mundo.


  • Este valor monta a 9.5% do valor total da produção mundial de alimentos pela agricultura.


  • O estudo também estabeleceu que o desaparecimento dos polinizadores se traduziria em uma perda para o consumidor estimada entre €190 a €310 biliões. Os resultados desse estudo sobre a valoração económica da vulnerabilidade da agricultura mundial, confrontada com o declínio dos polinizadores, são descritos na publicação “ECOLOGICAL ECONOMICS”.


  • De acordo com o estudo, o declínio dos polinizadores teria efeitos cruciais sobre três principais categorias de agricultura (segundo a terminologia da FAO); frutas e hortaliças seriam especialmente afectadas com uma perda estimada em €50 biliões cada, seguidas pelas oleaginosas comestíveis com €39 biliões.


  • Entre as preocupações com a biodiversidade, o declínio dos polinizadores se tornou uma questão aguda, porém seus impactos permanecem uma questão em aberto. Em particular, o valor económico do serviço de polinização que eles fornecem, não foi avaliado em bases sólidas até hoje. Com base nos números contidos na literatura publicada em 2007 sobre a dependência dos polinizadores das maiores culturas usadas para alimentação, o estudo recém publicado em ECOLOGICAL ECONOMICS usa dados da FAO e originais para calcular o valor da contribuição dos polinizadores para a produção mundial de alimentos. O valor económico total da polinização, em termos mundiais, montou a €153 biliões em 2005, o que representou 9,5 % do valor da produção agrícola mundial, usada para alimentar as pessoas naquele ano.
    Três principais categorias de culturas (segundo a terminologia da FAO) foram particularmente consideradas, com as frutas e hortaliças afectadas por uma perda estimada em €50 biliões a cada ano, seguida pelas culturas de oleaginosas comestíveis com €39 biliões. O impacto em estimulantes (café, cacau…), castanhas de todos os tipos (”nozes”) e temperos foi menor, ao menos em termos económicos.
    Os cientistas também descobriram que o valor médio das colheitas que depende dos insectos polinizadores era, na média, muito mais alto do que o de colheitas não polinizadas por insectos, tais como cereais e cana de açúcar (€760 e €150 por tonelada métrica, respectivamente).

  • A taxa de vulnerabilidade foi definida como a razão entre a polinização pelos insectos, dividida pelo valor total da colheita. Esta razão variou consideravelmente entre as categorias de cultura, com um máximo de 39% entre os estimulantes (o café e o cacau são polinizados por insectos), 31% para castanhas e 223% para frutas. Foi constatada uma correlação positiva entre o valor de uma categoria de cultura por unidade de produção e sua taxa de vulnerabilidade: quanto maior a dependência na polinização por insectos, maior o preço por tonelada métrica.
    Do ponto de vista da estabilidade da produção mundial de alimentos, o resultado indica que para três categorias de cultivo — especificamente as frutas, as hortaliças e os estimulantes — a situação seria consideravelmente alterada, se houvesse uma completa extinção dos insectos polinizadores, porque a produção mundial não seria mais capaz de satisfazer os actuais níveis de consumo.

  • Países que importam a maior parte de seus alimentos, tais como os pertencentes à Comunidade Europeia, seriam particularmente afectados.

  • No entanto, o presente estudo não deve ser interpretado como uma previsão, uma vez que os valores estimados não levam em conta todas as possíveis respostas estratégicas que poderiam ser adoptadas pelos produtores e todos os segmentos da cadeia de distribuição de alimentos, no caso de uma tal perda. Além disso, esses números consideram a possibilidade de uma extinção total dos insectos polinizadores, em lugar de um declínio gradual em seus números, e, embora poucos estudos demonstrem um relacionamento linear entre a densidade de insectos polinizadores e a produção, isto ainda está por ser confirmado.
    Esses resultados ressaltam que uma total extinção de insectos polinizadores, particularmente das abelhas melíferas e selvagens que são os principais polinizadores de culturas, não levariam a uma catastrófica desaparecimento da agricultura mundial, porém, não obstante, resultaria em significativas perdas económicas, e de biodiversidade, ainda que os números considerem apenas as culturas directamente usadas para a alimentação humana.

Calendário apícola- Outono e Inverno




  • 1. OUTONO
    Após a cresta inicia-se a preparação do novo ano apícola cujos resultados dependem das condições em que as colónias passam o outono e o inverno:
    apesar das colónias consumirem pouco devido à sua fraca actividade neste período, as provisões da colmeia devem ser abundantes e de boa qualidade, pois uma colónia de abelhas que passe o outono e o inverno com poucas provisões, enfraquece, não tendo condições para se defender do frio e da humidade e, principalmente, fica sem defesas para combater os parasitas e eventuais agentes patogénicos que se instalem na colmeia;
  • Na revisão de outono é indispensável extrair todos os favos deteriorados e renovar todas as colmeias que necessitem restauro e pintura;
  • As colmeias devem apresentar-se sem espaços vazios, isto é, todos os favos vazios devem sair do apiário e ser armazenados em boas condições;
    as tampas das colmeias devem ser bem fixadas, para que não levantem com o vento.
  • É essencial que haja muitas abelhas jovens o mais cedo possível, pois disso depende a colheita de néctar que garantirá a futura produção de mel:
    o início da postura da abelha-mãe e a alimentação das respectivas larvas, quer se faça no outono/inverno, quer seja na primavera (o que depende das florações existentes em redor do apiário e das condições climatéricas), está directamente dependente das quantidades de mel e pólen armazenadas nos favos e das condições em que estes produtos se encontrem.
  • Especialmente nas regiões muito húmidas, deve também ser garantido um bom arejamento no interior das colmeias porque a humidade em excesso é um dos piores inimigos das colónias:
    para evitar que se mantenha na colmeia a água proveniente da condensação do ar quente, deve
    limpar-se a abertura superior da prancheta de agasalho, de forma que o ar quente possa sair livremente.
  • Inclinar um pouco os estrados, para que a água escorra para o exterior.
  • Devem seleccionar-se as colónias que se apresentam em boas condições, eliminando-se todas as restantes:
  • se há uma colónia fraca, com mestra velha, deve ser reunida a uma colónia forte, ao anoitecer, intercalando uma folha de papel de jornal entre os dois corpos, para que as abelhas se juntem sem lutarem entre si;
  • se há uma colónia zanganeira (sem abelha-mãe), deve retirar-se do assento, na hora mais quente do dia, fumigar e, posteriormente, escovar todas as abelhas para o chão, na frente do apiário;
  • caso apareça alguma colónia muito enfraquecida e com sintomas de doença, deve ser eliminada ao anoitecer, com fumigação de enxofre, tendo o cuidado de encerrar bem todos os orifícios da colmeia, para uma acção rápida do produto e para que não haja abelhas doentes que voem para colmeias vizinhas.

  • A. TRATAMENTOS
    Se as colónias doentes são fortes, podem ser simultaneamente tratadas e alimentadas, dissolvendo os medicamentos no xarope, após arrefecimento;
    se a doença diagnosticada for de carácter infeccioso, às restantes colónias que se encontrem no mesmo apiário deve ser feito tratamento preventivo.
    Recomenda-se que:
  • todos os tratamentos a ministrar às colónias de abelhas sejam sempre receitados por médico veterinário;
  • sejam cumpridas rigorosamente tanto as dosagens como o número de tratamentos recomendados e apenas quando as colónias não se encontram em produção.
  • Os tratamentos contra o Varrôa, caso não tenham sido feitos no verão, devem fazer--se no outono, sempre que se verifique a existência deste parasita e, para cada região, em simultâneo para todos os apiários.

  • B. PROVISÕES
    As colónias que fiquem apenas com um corpo, necessitarão de 12 a 15 Kg de mel.
  • Nas regiões com invernos mais rigorosos e onde o apiário não é visitado frequentemente pelo apicultor, o ideal é que a colónia possa contar com meia alça cheia de mel, para além do corpo inferior que serve de ninho de criação; neste, há favos com mel e pólen armazenados e com algum espaço vazio para o início da postura da abelha-mãe.
  • Quanto às colónias muito fortes, com mestra nova, que ocupam duas câmaras de criação, a quantidade necessária para uma boa invernada são cerca de 30/35 Kg de reservas. Estas colmeias têm garantido um bom desenvolvimento da criação, muito cedo e em grande abundância, sendo óptimo recurso para a reprodução (formação de núcleos), no início da primavera.
  • A alimentação com xarope de açúcar ou com favos de mel operculado que o apicultor guardou e manteve em boas condições de armazenamento, é um complemento valioso para garantir uma boa invernada.
  • Todas as colmeias que não tenham mel suficiente para passarem o Inverno, devem ser alimentadas artificialmente com xarope de açúcar, antes de aparecerem os frios e as chuvas.
  • Este xarope, que deve ser sempre colocado no interior das colmeias para não ocasionar pilhagens, confecciona-se adicionando 2 Kg de açúcar a 1 litro de água e levando ao lume até ferver.

  • 2. INVERNO
  • Para o apicultor, esta estação do ano pode não ser exactamente aquela que oficialmente se inicia em Dezembro e termina em Março; tudo depende da região em que se encontram instalados os seus apiários e das condições climatéricas. Quando faz muito frio, vento e longos períodos de chuva que impedem as abelhas de sair da colmeia para procurarem alimento, então, o apicultor considera que o inverno se instalou no seu apiário, seja qual for a estação do ano que esteja a decorrer!
  • Há regiões do país em que as temperaturas baixas e chuva intensa se fazem sentir em vários meses, obrigando as abelhas a permanecerem dentro da colmeia, agrupadas em forma de «cacho», para manterem a temperatura mínima necessária à sobrevivência. Há outras regiões em que as abelhas conseguem fazer colheita de néctar e pólen durante quase todo o ano e, portanto, desenvolvem criação praticamente sem interrupção. (Nestas últimas, em que os invernos são muito amenos, é mesmo possível fazer mais do que uma cresta por ano).
  • Regra geral, podemos dizer que a condução de apiários nas zonas mais frias é diferente daquela que se pratica onde as temperaturas são mais amenas mas, quando pretendemos calendarizar as operações apícolas, devemos, antes de mais, clarificar algumas noções sobre aspectos gerais da apicultura, especialmente no que se refere ao «funcionamento» da colmeia e à forma como tal «funcionamento» está directamente dependente das condições atmosféricas e das plantas melíferas existentes num raio aproximado de 1 a 2 Km (evidentemente que, como é sabido, as abelhas podem voar a distâncias maiores mas, também este aspecto é muito relativo, visto que, a exploração será tanto mais rentável quanto mais perto do apiário estiverem as fontes de alimento).
  • Não pode, portanto, elaborar-se um calendário único para todo o país, com referência precisa às operações que devem ser executadas em cada estação do ano. Além disso, no mesmo apiário, em qualquer época do ano, deve tratar-se de forma diferente uma colmeia forte e com muitas reservas e uma colmeia que, por qualquer motivo, se encontra enfraquecida.
  • Durante o inverno, uma colónia de abelhas que se encontre em boas condições pode desenvolver muita criação e multiplicar dezenas de vezes o número de obreiras e zangãos, se as condições atmosféricas lhe permitirem a colheita e se houver boas fontes de pólen por perto da colmeia; mas, logo em seguida, se surgirem muitos dias de chuva, a mesma colónia pode vir a morrer de fome por não ter armazenado mel suficiente para todas as abelhas que entretanto nasceram; no entanto, para outra colónia do mesmo apiário que não desenvolveu criação tão cedo, por estar mais fraca e não ter reservas suficientes, o pouco mel de que dispunha no fim do outono chega para alimentar o pequeno grupo de abelhas que a compõe.
    É tudo muito relativo, portanto!
  • Pelo exposto, teremos que concluir que cada apicultor tem de observar atentamente o desenvolvimento das suas colónias, as condições atmosféricas e o estado vegetativo das plantas melíferas das regiões onde se instalam os seus apiários, de forma a poder elaborar o respectivo calendário apícola.
  • Quando toda a produção anual já se encontra enfrascada e pronta para venda, e se aproximam as temperaturas mais baixas do ano, o trabalho do apicultor diminui de intensidade, limitando-se a regulares visitas aos apiários, sem qualquer intervenção no interior das colmeias, que devem ser mantidas no maior sossego, se nenhuma anomalia se verificar.
  • Chegou, então, o momento para o apicultor melhorar os seus conhecimentos teóricos, através dos livros e conversando com outros apicultores. É nesta altura que se verifica grande actividade nas associações de apicultores, com a realização de congressos, encontros, exposições apícolas e feiras de mel. A participação dos apicultores junto das suas organizações ganha novo ritmo neste período, pois que têm mais tempo livre para se lhe dedicarem e sabem que a vida associativa é hoje absolutamente indispensável para dirigir de forma competente uma exploração apícola.

Há uma série de tarefas a serem realizadas:

  1. comercializar o mel enfrascado;
  2. tratar a cera usada, para reutilização;
  3. reparar o material armazenado;
  4. preparar novos apiários e fazer a mudança das colmeias;
  5. observar as tábuas de voo e o chão do apiário, verificando se aparecem
  6. abelhas mortas em número elevado;
  7. vigiar a humidade em excesso;
  8. nas regiões em que houve boas condições para a colheita de pólen, vigiar as colmeias mais fortes (que consomem rapidamente o mel armazenado);
  9. fazer o balanço final e planificar a nova campanha; e, no mês de Dezembro, fazer a declaração de existências na Zona Agrária do concelho de residência (art.º 4.º do Decreto-Lei n.º 37/2000, de 14 de Março).
  10. Os tratamentos contra o Varrôa, que devem iniciar-se um mês antes da colocação das alças, fazem-se, nas regiões temporãs, antes do mês de Março, portanto, durante o inverno. .

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

calendário agrícola de Dezembro


  • NOS CAMPOS:


    1. Semear os trigos de Inverno e os centeios.
    2. Prosseguir com as lavras.
    3. Aplicar estrumes e correctivos com vista à preparação das terras para as plantações da Primavera.


    NAS HORTAS:



    1. Preparar talhões e canteiros para as culturas próprias da época.
    2. Nas terras de elevada acidez, como são normalmente aquelas onde durante anos seguidos se praticou horticultura, fazer calagens. Empregar, em média, 200 a 300 gramas de cal por metro quadrado.
    3. Defender das geadas as diversas culturas, utilizando esteiras, abrigos de plástico, etc.




    NO JARDIM:



    1. Prosseguir a preparação dos canteiros para as plantações próprias da época.
    2. Podar roseiras e outros arbustos bem como as árvores que não estejam em flor.
    3. Semear ervilhas-de-cheiro e malvaíscos em lugar definitivo.
    4.Instalar viveiros de estacas de roseiras, arbustos e árvores de folha caduca



No nosso jardim...

No nosso jardim...

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